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quinta-feira, 7 de junho de 2012

De volta aos anos 80

Como eu gostaria de voltar ao passado num Delorean e reviver as emoções da década de 1980. Rever o surgimento da Madonna, do Pet Shop Boys, do New Order, do Simply Red... A volta da Tina Turner, a consagração do Michael Jackson, os sucessos do George Michael e de tantos outros artistas. Colecionar os discos da Rita Lee, da Marina Lima, do Kid Abelha e do Legião Urbana. Virar o LP na vitrola e tomar cuidado para não riscar o vinil. Encapar as capas dos discos para não amassar e pegar gordura dos dedos. Nada de CDs, nada de CD-players, nada de controles remotos. Voltar aos shows do A-ha e do RPM no Palmeiras, e da Tina no Pacaembu. Arrepiar com a plateia nos shows. Cantar com todos numa só voz e ver as luzes de centenas de isqueiros piscando por todo estádio durante aquela música romântica tão aguardada. Isso sim era emocionante. Nada de celulares disparando flashes. Nada de mãos erguidas para conseguir o melhor registro atrapalhando a visão do espetáculo. Também não havia painéis gigantes de led ofuscando a presença dos cantores, apenas jogos de canhões de luz, dois telões laterais e dezenas de caixas acústicas com o som alto, muito alto. Dormir com o radinho de pilhas de baixo do travesseiro. Aguardar ansioso a reprise daquele clipe favorito e dos vídeos inéditos do seu ídolo na televisão. Ver os clipes: Triller do MJ, Like A Virgen da Madonna, Wake Me Up Before Go-Go do Whan!, Time do Culture Club, a união dos cantores americanos no USA for Africa ou dos cantores ingleses e irlandeses no Band Aid. Ficar de prontidão com os dedos no REC e no PLAY do gravador e registrar aquela música tocada nas rádios antes do lançamento do LP. O desafio maior era conseguir gravar uma música sem a voz dos locutores e sem cortes. Ouvir a fita gravada faixa-a-faixa no walkman com o super fone com som estéreo. Bem como gravar as fitas VHS com os clipes preferidos. Era um tal de colar durex nos furos das fitas. Era um trabalho primoroso e que exigia muita paciência, persistência e determinação. Nada de MP3 e MP4. Nada de DVDs e Blu-Rays de coletâneas de clipes. Nada de YouTube e sites dos artistas. Gravar nas fitas cassete os clássicos do Djavan, do Guilherme Arantes, da Elis Regina, do Gilberto Gil, dos Paralamas do Sucesso e dos artistas citados aqui. Conseguir uma foto do ídolo era um desafio. Tinha que comprar revistas ou recortar jornais. Nada de Google ou Facebook. Nada de máquinas digitais. Usar as roupas largas, com ombreiras, com cores cítricas, com estampas geométricas, de linho, de nylon. Calças jeans manchadas na água sanitária, jaquetas de veludo com forro de pele de carneiro. Relógios analógicos que trocavam de pulseiras, relógios digitais com joguinhos. Assessórios de plástico transparente com brilho. Gel para os cabelos com glitter e óculos de sol quadrados. Comer muito Mac trash, muito cachorro quente, muita pipoca e beber muita Coca-cola. Ver muito cinema e muito vídeo cassete. Foi uma época ótima e com muitas lembranças. Não canso de ouvir e ver os hits dessa década tão rica e efervescente.

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