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quarta-feira, 24 de março de 2010

Verônica e Marina

Comecei a curtir as músicas da Marina Lima em meados de 1984, com o sucesso Fullgás do disco homônimo. Quando conheci minha amiga Verônica, no colegial, o gosto se intensificou. 

Íamos para a casa dela para estudar, conversar, fumar e escutar Marina. Era muito bom, dava uma sensação de liberdade, ficar jogado na cama falando besteira, tomando coca-cola e ouvindo Marina. Dai, vieram as outras músicas preferidas do mesmo disco, dos trabalhos anteriores e dos que vieram depois: Veneno (Veleno), Me Chama, Corações A Mil, Nosso Estranho Amor, Charme Do Mundo, Nada Por Mim, Uma Noite E Meia, À Francesa, Criança... Entre tantas outras desta artista romântica e eternamente apaixonada. 

Vai uma palhinha da moça com outros ícones do mundo artístico, Selton Mello e Preta Gil, novinhos e cheios de energia. 

Criança


Novamente, minha amiga Verônica teve forte influência no meu gosto músical.

quarta-feira, 17 de março de 2010

A grande diva

Conheci a pessoa através da sua obra. A primeira lembrança vem de ouvir na rádio a canção O Bêbado E A Equilibrista, 1980. Alguns anos depois conheci a artista, já morta, através da sua biografia - Furacão Elis, Regina Echeverria, 1985. E não foi por acaso. 

Certa vez, fui passar as férias de verão na casa da minha irmã Rosely, em Santos, e vi que ela estava lendo o livro. Como ela sabia que eu curtia a Rita Lee, comentou comigo que tinha um capítulo no livro que aparecia uns depoimentos dela falando sobre a Elis. Peguei o livro para ler o tal capítulo. Pra quê? Bastou eu ler estas poucas páginas para me interessar profundamente pela pessoa e pela artista. A-M-E-I. Devorei o livro em um dia.

Pronto. Foi a deixa para eu começar mais uma coleção. Tenho a maioria dos trabalhos dela relançados em CDs, LPs, vídeos, DVDs, fotos, revistas, jornais e até fotos com os filhos João Marcello, Pedro e Maria Rita.

Forte, carente, intempestiva, doce, pimenta, entre outros tantos adjetivos, Elis era única. Me apaixonei pela sua voz que contagia e arrepia. É difícil escolher uma música do seu vasto repertório. Entre notas e melodias, altos e baixos, risos e choros, a mulher arrasava sem o menor esforço vocal. 

Coisas que a gente se esquece de dizer/Coisas que o vento vem às vezes me lembrar/Coisas que ficaram muito tempo por dizer/Na canção do vento não se cansam de voar. O Trem Azul de Lô Borges. No vídeo desta música, gravado para um especial da TV Record em dezembro de 1981, ela exibe a sua mais completa tradução. Nele, ela atinge o seu auge de voz, força e interpretação. Eu não consigo acompanhar, falta ar! É... Não tenho mais palavras... Ela foi e sempre será indecifrável, indiscutível e insubstituível.

Trem Azul


Editado em 27/09/2013.

Salve Rainha!

Se ela fosse viva, completaria hoje 65 anos de idade. Infelizmente foi para o plano superior há 28 anos, deixando para nós um legado imbatível e uma herança que perpetua seu trabalho. 

Com ela pude aprender o que é MPB e conhecer os medalhões que compõem a nossa trilha nacional: Ary Barroso, Cartola, Adoniran Barbosa, Baden Powell, Dorival Caymmi, Chico Buarque, Francis Hime, Rui Guerra, Milton Nascimento, Fernando Brant, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Tim Maia, Jorge Ben, Edu Lobo, Dolores Duran, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, João Bosco, Aldir Blanc, Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli, Tavito, Zé Rodrix, Belchior, Lô Borges, Fernando Brant, Ronaldo Bastos, Thomaz Roth, Luiz Guedes, Renato Teixeira, Tunai, Ivan Lins, Vitor Martins, Gonzaguinha, Fagner, Guilherme Arantes, Rita Lee e outros mais.

Salve Elis! Salve Rainha!

Editado em 04/02/13.

domingo, 14 de março de 2010

O primeiro show

1986, estádio Palestra Itália, clube Palmeiras, RPM - Revoluções por Minuto. Era o grande sucesso do ano. Fui de carona com minha amiga do colegial, Verônica. Ela estagiava na rádio Jovem Pan FM e conhecia o pessoal da Poladian, produtora do grupo. Seus contatos renderam duas entradas free para ver o show. Pista, primeira fileira! Atrás dos convidados VIPs e das grades de proteção. Assistir ao show bem de pertinho, ali do gargarejo foi bom, mas seria melhor ver de mais longe para não comprometer a visão do estádio lotado, dos efeitos de luz, do cenário e dos movimentos de palco. 

Não curtia muito o grupo na época, gostava das músicas Louras Geladas, Rádio Pirata e Revoluções Por Minuto. Depois do show passei a escutar o RPM com mais atenção e emoção. O grupo era formado por: Paulo Ricardo (vocal), Luiz Eschiavon (teclados), Fernando Deluqui (guitarra) e Paulo P. A. (bateria). 

Acabei pegando gosto pela emoção de ver um show ao vivo. É contagiante. Vieram muitos outros depois. 

Sem dúvida alguma minha amiga Verônica, contribuiu, e muito, pela minha paixão pela música. E por onde andará Verônica? Verônica morava em um apartamento na Rua Diana. Ela não era de São Paulo, era do Recife. Era bonita, tinha cabelos compridos e cacheados, sempre presos num rabo de cavalo, fumava e tinha uma mania de ficar rolando os anéis nos dedos. Saudades da Verônica.

Texto editado em 25/03/13.