Pesquisar este blog

quarta-feira, 17 de março de 2010

A grande diva

Conheci a pessoa através da sua obra. A primeira lembrança vem de ouvir na rádio a canção O Bêbado E A Equilibrista, 1980. Alguns anos depois conheci a artista, já morta, através da sua biografia - Furacão Elis, Regina Echeverria, 1985. E não foi por acaso. 

Certa vez, fui passar as férias de verão na casa da minha irmã Rosely, em Santos, e vi que ela estava lendo o livro. Como ela sabia que eu curtia a Rita Lee, comentou comigo que tinha um capítulo no livro que aparecia uns depoimentos dela falando sobre a Elis. Peguei o livro para ler o tal capítulo. Pra quê? Bastou eu ler estas poucas páginas para me interessar profundamente pela pessoa e pela artista. A-M-E-I. Devorei o livro em um dia.

Pronto. Foi a deixa para eu começar mais uma coleção. Tenho a maioria dos trabalhos dela relançados em CDs, LPs, vídeos, DVDs, fotos, revistas, jornais e até fotos com os filhos João Marcello, Pedro e Maria Rita.

Forte, carente, intempestiva, doce, pimenta, entre outros tantos adjetivos, Elis era única. Me apaixonei pela sua voz que contagia e arrepia. É difícil escolher uma música do seu vasto repertório. Entre notas e melodias, altos e baixos, risos e choros, a mulher arrasava sem o menor esforço vocal. 

Coisas que a gente se esquece de dizer/Coisas que o vento vem às vezes me lembrar/Coisas que ficaram muito tempo por dizer/Na canção do vento não se cansam de voar. O Trem Azul de Lô Borges. No vídeo desta música, gravado para um especial da TV Record em dezembro de 1981, ela exibe a sua mais completa tradução. Nele, ela atinge o seu auge de voz, força e interpretação. Eu não consigo acompanhar, falta ar! É... Não tenho mais palavras... Ela foi e sempre será indecifrável, indiscutível e insubstituível.

Trem Azul


Editado em 27/09/2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário