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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Elis, A Musical

Levei um tempo para ver o espetáculo Elis, A Musical, desde a sua estreia aqui em São Paulo. Tinha receio do que poderia ver ali no palco. A comparação com uma das minhas grandes ídolas seria inevitável. Mas enfim, aconteceu na última sexta-feira. Torci o nariz no começo. Depois relaxei. E por fim, fechei os olhos e procurei sentir a verdadeira Elis no palco. 

A atriz baiana Laila Garin foi a responsável pelo dificílimo feito de dar vida à gaúcha Elis Regina. A moça encarnou a homenageada de forma segura e sensível. Tirando as notas vocais, bem acima do tom, o restante da transformação foi muito bem resolvido. Principalmente nos diálogos e na reprodução do que seria a última entrevista de Elis, concedida para o programa Roda Viva em 1981. 

Já li e reli a biografia Furacão Elis várias vezes. Já assisti muitas entrevistas e especiais produzidos para a TV com ela e de gente que conviveu com ela, falando sobre ela. O musical peca por deixar de fora alguns momentos da carreira da cantora que julgo importantes, como por exemplo, como Elis conheceu o compadre Milton Nascimento e a amiga Rita Lee. Por outro lado, a chegada dela no Rio de Janeiro em meados dos anos 1960 se arrasta por quase meio ato.

Os 240 minutos do musical foram divididos em dois atos e em dois casamentos: o primeiro com o produtor, compositor e jornalista carioca Ronaldo Bôscoli (Tuca Andrada) e o segundo com o músico, produtor e arranjador paulistano César Camargo Mariano (Claudio Lins). O texto foi escrito pelo amigo, produtor musical, compositor, jornalista e ex-paquera de ElisNelson Motta e por Patrícia Andrade. A direção, que passa do ponto em alguns momentos, é assinada por Denis Carvalho. A direção musical e os arranjos são assinados por Delia Fischer.

Os pontos altos do musical estão nas canções: Arrastão, Como Nossos Pais, O Bêbado E A Equilibrista, Aos Nossos Filhos e no pot-porri com Jair Rodrigues (Lincoln Tornado). As canções do musical foram: 1º Ato - Fascinação / Aprendendo a jogar / Garoto último tipo – Puppy Love / Ela é Carioca / Imagem / O Pato / Menino das Laranjas / Samba do Avião / Arrastão / Deixa Isso Pra Lá / O Morro Não Tem Vez / Feio Não É Bonito / O Sol Nascerá / Esse Mundo É Meu / A Felicidade / Samba de Negro / Diz Que Fui Por Aí / Acender As Velas / A Voz Do Morro / Lobo Bobo / Alô, Alô Marciano / Come Fly With Me / Eu Sei Que Vou te Amar / Samba Saravá / Upa Neguinho / Vou Deitar E Rolar / Falei E Disse / Madalena / Não Tenha Medo / Atrás da Porta / Casa No Campo2º Ato - Nada Será Como Antes / Canção Da América / Fé Cega, Faca Amolada / Paula E Bebeto / Maria, Maria / Wave / Só Tinha De Ser Com Você / Águas De Março / Dois Pra Lá, Dois Pra Cá/ O Guarani (Instrumental) / Como Nossos Pais / Querelas Do Brasil / Deus Lhe Pague / O Bêbado E A Equilibrista / As Aparências Enganam / O Trem Azul / Aos Nossos Filhos / Redescobrir / Fascinação.

Completo ou não, Elis, A Musical, dá oportunidade de conhecer um pouco sobre esse grande ícone da MPB.

E para ilustrar o post, segue um raro registro do espetáculo Falso Brilhante, capturado pelas lentes do Fantástico. Esse mesmo número musical é representado igualmente na peça. Atente para a introdução do vídeo, ele contextua bem a imagem que as pessoas tinham da melhor cantora brasileira.

Como Nossos Pais

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