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segunda-feira, 3 de março de 2014

Exposição David Bowie

Ontem, visitei a exposição sobre David Bowie, no MIS - Museu da Imagem e do Som. Após a espera de mais de duas horas na fila, em pleno domingo de Carnaval, consegui visitar os três espaços cuidadosamente preparados para receber o "arquivo" do artista: figurinos, partituras, instrumentos musicais, fotos, pinturas, vídeos, músicas, depoimentos, discos, esboços e muita informação dos 50 anos de carreira que o astro inglês completa nesse ano.

Compositor, musico, ator e produtor musical, David Robert Jones nasceu em Londres, em 8 de janeiro de 1947. No início da década de 1960 começou sua trajetória artística inquieta, polêmica, plural e criativa que mudou a percepção inglesa tornando um país mais tolerante e receptivo. 

A exposição começa com o icônico macacão de vinil preto assinado pelo estilista japonês Kansai Yamamoto para a turnê do álbum Aladdin Sane, de 1973. David fazia questão de decidir todos os detalhes de sua imagem: Capas dos discos, figurinos e croquis dos cenários de suas turnês. Outro ponto forte desse andar é o software que Bowie criou para gerar as letras de algumas de suas canções: Ele lista, em algumas colunas, palavras aleatórias que acionadas criam frases sem estrutura lógica. Essas frases são capturadas e fragmentadas. Parte delas então, dão a estrutura das letras.

Alguns recortes traduzem plasticamente a inquietude artística de Bowie, como nos espaços: "canto de espelhos" com o vídeo da canção Starman - 2ª andar, o "céu de livros" - escada que desce para o 1º andar, a projeção 360º com vários figurinos - 1º andar e a projeção mapeada em 3D - térreo.


Outras curiosidades: Suas canções "espaciais", suas roupas excêntricas e sua androgenia colocou em cheque sua origem Terrestre nos anos 1970. Antes de ser conhecido como artista, Bowie aparece, muito novo, num vídeo captado na TV inglesa que mostra uma de suas reivindicações: ter o direito de usar cabelos compridos.

Recorte de filmes, peças de teatro, shows aos vivo e clipes ilustram vários telões e TVs espalhados na mostra. Não vi todos. Confesso que não olhei a exposição e os mais de 300 itens do acervo de Bowie com a devida atenção. A longa espera, de pé e do lado de fora do museu, contribuiu para o meu cansaço físico e impaciência. Mesmo assim, foi muito bom ver de perto um pouco da história viva desse grande ícone da música e da cultura Pop

A exposição, que abriu em 31 de janeiro, vai até 20 de abril de 2014. Evite ver a exposição nos fins de semana. Contrariando as regras do Museu, hoje, o espaço estará aberto ao público. Aproveite, essa informação não foi divulgada na mídia.

Para ilustrar o post com uma música, selecionei a canção Blue Jean, álbum Tonight, de 1984, o primeiro vídeo da década de 1980 que vi na exposição. O figurino que Bowie utiliza nesse clipe estava na exposição também.

Blue Jean
Jeans Azul

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