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quarta-feira, 30 de maio de 2012

4ever!

Os irmãos Gibb: Robin, Maurici, Barry e Andy.
E o mundo da música fica cada vez mais órfão dos seus grandes artistas. Há dez dias Robin Gibb (1949-2012) foi fazer companhia aos seus irmãos: o gêmeo Maurici Gibb (1949-2003) e o caçula Andy Gibb (1958-1988). Não consigo imaginar a dor da perda que o Barry Gibb deve sentir ao ver seus irmãos e parceiros musicais partirem. Andy, que seguia carreira solo, iria juntar-se aos outros irmãos em 1989, mas faleceu vitima de um problema cardíaco agravado pelo uso de bebida alcoólica e drogas. O Bee Gees encerrou a carreira em 2003 com a morte de Maurici, também vítima de problemas cardíacos. Após seguirem carreira solo, os irmãos Barry e Robin retomaram o Bee Gees em 2009. Prestes a se apresentar em turnê pelo Brasil no mesmo ano, tiveram que adiar os planos por problemas de saúde de Robin. Mesmo assim, continuaram a trabalhar em estúdio e em outros projetos. 

E mais uma vez, fica o legado de um dos expoentes da música internacional que marcou uma época e contribuiu, em conjunto com seus irmãos, para o lançamento da Disco Music.

Segue um dos clássicos do Bee Gees presente na trilha sonora do filme Saturday Night Fever, de 1977:

Night Fever
Febre Noturna

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Dirty Dancing

E no embalo das lembranças da minha mãe, o filme do mês vai para o romance musical Dirty Dancing, de 1987. Outro filme que a minha mãe adorava. Viu um montão de vezes. Acho que ela sentia-se um pouco a protagonista Baby (Jennifer Grey), por sonhar em ser bailarina. O enredo é sobre a jovem Baby, que ao passar as férias com a família num resort vive um romance proibido com o seu instrutor de dança Johnny (Patrick Swayze). Na verdade a história não é tão simples assim, Baby começa a frequentar os ensaios de um grupo que se apresenta no resort, e acaba substituindo a dançarina principal, Penny (Cynthia Rhodes), que descobriu estar grávida. Baby se apaixona por Johnny Castle e ainda tem que enfrentar o pai que não gosta nada do envolvimento dela com o professor. A trilha do filme traz músicas dançantes e românticas, e tem também o Patrick Swayze que gravou She´s Like The Wind

A música que escolhi para ilustrar o post é (I've Had) The Time Of My Life, com Bill Medley e Jennifer Warnes, um grande sucesso ganhador do Oscar e do Globo de Ouro na categoria de melhor canção original em 1987. O vídeo é um trecho do filme.

(I've Had) The Time Of My life
(Eu Tive) O Momento Da Minha Vida

terça-feira, 22 de maio de 2012

Eternamente eterna

Há oito anos minha amada mãe Wilma foi morar mais perto de Deus. É difícil falar algo sobre quem me colocou nesse mundo, que me ensinou tudo o que precisei para ser uma pessoa digna, honesta e amável, sem se emocionar e sentir um aperto no peito. 

Com ela aprendi: amar, rir, me comunicar, falar, andar, cantar, comer, escrever, desenhar, me vestir, tomar banho, escovar os dentes, pentear o cabelo, ser educado, dizer obrigado, pedir licença, fazer café, fazer bolo, limpar a casa, receber visita, ser organizado, além de tantas outras coisas. Passamos muito tempo juntos, mais que o normal, mais que o comum, mais que o necessário para a minha sobrevivência. Dei muito trabalho para a minha mãe que se desdobrava para criar meus três irmãos. E ainda tinha que ter tempo para ser esposa, ser mulher e batalhar muito para que nada nos faltasse. 

A foto ao lado foi tirada em dezembro de 1998, na casa da mana Rosely. Estávamos cantando com o karaokê, se não me falha a memória, uma música da Elis Regina, talvez Folhas Secas. Minha mãe gostava de várias músicas que eu escutava, tinha o hábito de cantarolar junto e dançar comigo enquanto o disco rodava na vitrola. Destaque para mais oito músicas que ela gostava: Só De Você - Rita Lee, Dois Pra Lá, Dois Pra Cá - Elis Regina, Bem Que Se Quis - Marisa Monte, Nada MaisLua De Prata - Gal Costa, Kiss A Fool - George Michael, True Blue - MadonnaGreatest Love Of All - Whitney Houston.

Na distante lembrança ficam entre tantas coisas: a atenção dos seus olhos, o cuidado das suas mãos, o carinho das suas palavras e o amor incondicional do seu coração. Te amo mãe!!

Só De Você, 1982

domingo, 20 de maio de 2012

Troca de player


Devido a problemas de conexão e direitos autorais, estou trocando o player do 4shared pelo do Goear. Reforço que minha intenção é divulgar o trabalho de artistas que de alguma maneira fizeram e fazem parte da minha história e não comercializar músicas, além de trazer registros de áudios e imagens para quem visita o Music And Eu. Não estou feliz com o resultado, mas foi o melhor que encontrei. Continuo na expectativa para que o Blogger permita incluir músicas a partir de arquivos ao invés de URLs, enquanto isso não acontece, continuo na busca. 

Até. 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Donna

Que triste a noticia da morte da Rainha da Disco Donna Summer (1948-2012), vítima de câncer no pulmão. É estranho descobrir que nem os artistas são eternos. Pior ainda é falar deles por ocasião de suas mortes. 

Novamente por influência das minhas irmãs que cresceram na era Disco, ouvi muito a Donna Summer e continuei ouvindo por muito tempo depois. Donna Summer teve uma carreira digna e foi uma das poucas artistas remanescentes da era Disco a se manter nas paradas. Faturou 5 Grammys e um Oscar pela canção Last Dance. Gravou 19 discos e mais de 60 singles, estima-se que suas vendas tenham superado a marca de 130 milhões de cópias. Seus grandes sucessos Love To Love You BabyI Feel Love, Mac Arthur ParkLast Dance, One The RadioHot Stuff, Bad GirlsShe Works Hard For The MoneyThis Time I Know It's For Real, sacudiram e continuam a sacudir as pistas de dança e as novas gerações.


O vídeo que escolhi para homenageá-la é o da música Dinner With Gershwin, álbum All Systems Go, 1987, uma das canções que lembro-me de ter escutado muito com a minha irmã Rosely no seu fusca amarelo. Gosto do vídeo, do ritmo, da letra e do seu andar no final rumo ao infinito. E lá se vai mais uma diva agitar o céu. Vá em paz Rainha!

Dinner With Gershwin
Jantar com Gershwin 

terça-feira, 15 de maio de 2012

O mar serenou

quando ela pisou na areia/Quem dança na beira do mar é sereia.
Que delicia ouvir as músicas da mineira Clara Nunes (1942-1983), dá a impressão que estamos num terreiro de umbanda sambando com os orixás. A voz suave da Clara tinha uma energia única, parecia de outro mundo. E vai ver que era. Lembro-me do meu pai ouvindo seus discos nos fins de semana em casa quando desmontava e montava a estante da sala - minha mãe tinha o abito de mudar tudo de lugar de tempos em tempos. Minha irmã Rosely também ouvia os discos da sambista filha de Iansã e Ogun.  

Durante muitos anos passei os réveillons na praia de Santos com a minha família, e tínhamos o ritual de acender velas na areia para agradecer e pedir proteção à Iemanjá, além de pular as sete ondas. Os lugares na areia eram disputadíssimos, havia várias tendas de umbanda e candomblé. Após as saudações da virada e dos shows com fogos de artifícios, passeávamos pela beira da praia vendo aquele mar de velas acesas iluminando toda a orla. Era bonito demais. Em algumas tendas ouvia-se o batuque dos tambores, tamborins e pandeiros mesclados com as palmas e vozes das "baianas" e dos "pais de santo". Esses sons me lembravam das músicas da Clara. Entre elas, destaco uma faixa do álbum Claridade, de 1975, produzida em vídeo para o Fantástico. Salve Clara Nunes!

O Mar Serenou

domingo, 13 de maio de 2012

Mandy

Não me recordo ao certo da primeira vez que escutei Barry Manilow e nem qual das suas canções ouvi primeiro, só lembro-me de gostar do som do piano, dos "altos e baixos" das suas músicas e da minha irmã Magaly ouvindo e cantando. Barry é cantor, compositor, maestro, produtor e arranjador. Nasceu em Nova York e fez muito sucesso nas décadas de 1970 e 1980, e permanece na ativa até hoje. São mais de 30 álbuns, 300 e tantas músicas gravadas e vários prêmios. Seu forte eram os shows e as participações em programas produzidos para a televisão americana, como mostra o vídeo abaixo produzido em 1978. 

Suas letras são românticas e a sua mais completa tradução de estilo está na música I Write The Songs. Destaque para as músicas Mandy, I Write The Songs, This One's For You, Can't Smile Without You, Copacabana (At The Copa), Ready To Take A Chance Again, Ships, I Made It Through The Rain, The Old Songs e Memory.

Mandy, álbum Barry Manilow II, 1974.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

TOP 10 - Gal Costa

O que dizer dessa baiana de voz afinadíssima e talento sublime? Bem, como já dito antes em outros posts, a Gal Costa está presente na minha vida há muito tempo. A minha irmã Rosely ouvia muito, minha mãe também e até cantava junto. Lembro-me ainda de ouvir as músicas da Gal nos ensaios e apresentações das meninas nas aulas de balé na escola primaria e nas matinês de Carnaval. Já tive o privilégio de ouvi-la cantar ao vivo músicas do Tom Jobim, show duplo!

Segue a seleção:

1 - O Amor - Talvez/Quem sabe/Um dia/Por uma alameda/Do zoológico
2 - Nada Mais - Sinto quando alguém/Te interessa
3 - Brasil - Mostra a tua cara/Quero ver quem paga/Pra gente ficar assim
4 - Meu Bem, Meu Mal - Você é meu caminho/Meu vinho/Meu vício
5 - Dom De Iludir - Você sabe explicar/Você sabe entender/Tudo bem
6 - Canta Brasil - No céu/No mar/Na terra/Canta Brasil!!
7 - Modinha Pra Gabriela - Quando eu vim para esse mundo
8 - Só Louco - Quis o bem que eu quis/Ah! Insensato coração
9 - Festa Do Interior - Nas trincheiras/Da alegria/O que explodia/Era o amor
10 - Massa Real - Hoje eu só quero você/Seja do jeito que for

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Time After Time

Outra Diva Pop dos anos 1980 foi a nova-iorquina Cynthia Ann Stephanie Lauper Thornton, conhecida artisticamente como Cyndi Lauper. Com seu estilo irreverente a la punk Cyndi é outra artista multimídia, ela canta, compõe, produz e atua. Com estreia praticamente simultânea a de Madonna (sua rival artística segundo a imprensa da época), Cyndi lançou vários hits durante uma década inteira: Girls Just Want To Have Fun, Time After Time, She Bop, All Through The Night, The Goonies 'R' Good Enough, True Colors, Change Of Heart, What´s Going On, entre outros. O "patinho feio", apelido do mundo musical, ditou moda e estilo, conquistou discos de ouro e de platina, além das primeiras posições disputadíssimas no ranking da Bilboard. Já faturou vários prêmios como Grammy, Emmy e MTV VMA. 

Cyndi Lauper já passou por aqui em três ocasiões: 1989 - A Night To Remember World Tour, 2008 - Bring Ya To The Brink Tour e 2011 - Menphis Blues Tour.

São várias lembranças que guardo da Cyndi Lauper como por exemplo: os cabelos coloridos com cortes irregulares, a maquiagem de boneca e as roupas desordenadas. Diria até que ela seria o par perfeito em estilo do seu colega inglês Boy George

Segue o vídeo do seu segundo sucesso, álbum She's So Unusual de 1983. É a música dela que mais me marcou. Queria ter um cachorro de cerâmica igual ao dela. E ao contrário do que diziam, Cyndi tem uma beleza peculiar.

Time After Time
O Tempo Todo

sábado, 5 de maio de 2012

Alô alô Elis Regina

Aqui quem fala é da Terra. Você não imagina a loucura. Sua filha Maria Rita soltou a voz hoje, no Parque da Juventude, com 28 músicas do seu extenso repertório. Parque lotado de fãs de todas as idades. No palco muitos voils estendidos nas laterais e nos fundos, "bandeiras" penduradas e quatro músicos talentosos. A guria entrou no palco às 15h05. Iniciou o show com as músicas Imagem, Arrastão e Como Nossos Pais. Depois, muito simpática, agradeceu a presença de todos, justificou as datas adiadas (duas vezes), a mudança de local (antes, na área externa do Auditório Ibirapuera) e emendou com as músicas Vida De Bailarina, Bolero De Satã e Águas De Março. O público, é claro, se empolgou e cantou junto.  O repertório seguiu com as músicas Saudosa Maloca, Ladeira Da Preguiça, Agora Tá, Vou Deitar E Rolar, Querelas Do Brasil, O Bêbado E A Equilibrista, Menino, Onze Fitas, Me Deixas Louca, Tatuagem, Essa Mulher, Se Eu Quiser Falar Com Deus, Zazueira, Alô Alô Marciano, Aprendendo A Jogar e Doce De Pimenta. O show foi finalizado com uma homenagem ao padrinho Milton Nascimento com as músicas Morro Velho, O Que Foi Feito Devera (De Vera) e Maria Maria. No bis Maria Rita cantou Fascinação, Madalena e Redescobrir. Foi lindo, mas menos comovente que o esperado. Acho que fiquei esperando ver você Elis. Quem sabe um dia né? Mas tenho certeza que você ficaria muito orgulhosa de ver a sua filha cantando e seus fãs gritando o seu nome. Fique com Deus. Bjs bjs bjs.

Quando Maria Rita tenta reproduzir os gestos da Elis, perde a sua naturalidade e vira uma caricatura mal desenhada. Maria Rita fica mais autêntica quando canta como a Maria Rita. Entendo que pra ela deve ser difícil cantar as canções da sua mãe sem esbarrar nos trejeitos e cacoetes vocais da Elis, mas não tem como comparar. A Maria Rita tem talento, voz e desenvoltura que uma boa cantora deve ter, mas fica distante da originalidade da Elis. Não sou músico e nem crítico para julgar um cantor, mas sinto na pele quando a música vem da alma. Elis não cantava, Elis expirava canções. Cantava rindo, interpretava chorando, cantava gesticulando, sem desafinar uma nota sequer. Elis tinha um dom único.

Em se tratando de uma homenagem à artista e mãe, senti a falta dos outros dois filhos da Elis no palco: o primogênito João Marcello Bôscoli (que ao que tudo indica estava lá) e o filho do meio Pedro Camargo Mariano. O João poderia ter falado um pouco sobre o projeto Viva Elis, e o Pedro poderia ter cantando algumas músicas com a irmã, já que ele também é cantor e já gravou músicas que a mãe cantou. Não entendo como o Pedro ficou de fora dessa homenagem.

E para finalizar, um dueto de mãe e filha preparado especialmente para a televisão no especial Por Toda A Minha Vida - Elis Regina. Foi a primeira vez que a Maria Rita gravou uma música que a Elis cantou. Essa Mulher, álbum Essa Mulher de 1979.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Medley de uma vida

No feriado do dia 1º de maio fui ver a exposição Viva Elis no Centro Cultural São Paulo. Foi a primeira exposição da artista que visitei. Achei bem produzida. Réplicas de figurinos utilizados no show Falso Brilhante, fotos, textos, reportagens, depoimentos, vídeos, músicas e os LPs da carreira da Elis Regina compunham a exposição bem montada, porém, mal sinalizada e com poucas saídas de áudio - eu e os demais visitantes disputávamos os restritos fones de ouvido à frente das telas com vídeos e imagens da artista, além das mesas de som com sua obra digitalizada. Mas isso não importa. Qualquer coisa que se faça para e sobre a Elis fica pequeno diante da sua grandeza. Fui lá para ver de perto materiais inéditos.

Encontrei fotos, vídeos, artigos pessoais e vários recortes de jornais e revistas estampados nos painéis. Fiquei feliz em ver a diversidade de pessoas que se perdiam entre tanta informação: crianças, jovens, idosos, pessoas humildes, outras nem tanto, casais, grupo de amigos e pessoas sozinhas como eu. Fico torcendo para que todo esse acervo não fique somente nos painéis e telas da exposição. Tem muito registro em vídeo que pode virar DVD. Fiz questão de ir só e ter o tempo que julgasse necessário para apreciar a Elis. Em certos momentos batia uma emoção profunda. Um aperto no peito. Uma sensação de impotência. E uma única pergunta: Por que ela se foi?

Segue o registro de um vídeo produzido na Itália para a TV Rai (Teatro 10) durante uma turnê que a Elis fez pela Europa em 1972. Elis canta um medley com as músicas: Upa Neguinho (Edu Lobo), Insensatez/How Insensitive (Tom Jobim/vs. Norman Gimbel), Se Você Pensa (Roberto Carlos), Watch What Happens (Michel Legrand) e O Barquinho (Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli).