Karen Carpenter

Em junho do ano passado, fiz uma pesquisa rápida dos artistas que faziam aniversário no mesmo mês que eu, e hoje, resolvi expandir a pesquisa para todos os meses e assim postar aqui. Descobri, sem querer, que a bela e afinadíssima Karen Carpenter nos deixou há 30 anos, completos no último dia 4. Foi uma morte precoce e estúpida. Karen morreu, um mês antes de completar 33 anos, de parada cardíaca por conta dos fortes medicamentos que ela tomava para tentar recuperar-se de anorexia nervosa. Bom, ainda estávamos digerindo a partida da Elis Regina e do Adoniram Barbosa que partiam no ano anterior. Foi um choque, assim como todas as mortes dos nossos "eternos" artistas. Para homenageá-la, segue o vídeo com imagens dela ao som de uma canção gravada no álbum Carpenters, de 1971.

Rainy Days And Mondays
Dias Chuvosos E Segundas-feiras

Per dirti ciao!

E por onde anda o cantor Pop italiano Tiziano Ferro? Na Itália, é claro! Bom, redescobri o ragazzo em março de 2011, quando procurava o clipe da música Imbranato - sucesso de 2002 - para postar aqui. Bom, de lá pra cá, deixei o moço de lado. Voltei a querer saber mais sobre ele agora. Se fosse ontem, aproveitaria para desejar-lhe felicidades pelos 33 anos de vida. Pesquisei alguns clipes e fiquei na dúvida entre o mais recente, La Fin, e outro do ano passado, Per Dirti Ciao!. Dei preferência pelo segundo, apesar de achar a letra da primeira mais intensa. Gosto da plástica do vídeo, das cores e as combinações de imagens. Segue o clipe.

Per Dirti Ciao!
Para Dizer Olá!

Betty Frigida

Olha ai, a "Betty" está completando 30 anos (!!). Será que ela continua frígida? Lembro-me bem que na época da escola, quando a música foi lançada pela banda Blitz, os meninos provocavam as meninas que não estavam a fim de nada chamando-as de "Betty frígida". Elas ficavam "p" da vida. Algumas nem sabiam o que significava.  

A música foi lançada em 1983, está no segundo álbum do grupo, Radio Atividade. Confira o clipe.

Betty Frígida

For your eyes only

007 - Somente Para Seus Olhos foi lançado em 1981 e teve como protagonista o ator Roger Moore no papel de James Bond. No 12º filme da cinessérie, o agente Bond tem como missão recuperar um dispositivo chamado ATAC, que põe em risco a frota submarina britânica se cair em mãos erradas, além de ajudar a bela Melina Havelock a vingar-se da morte de seus pais. 

A música tema For Your Eyes Only, gravada pela atriz cantora e compositora escocesa Sheena Easton, foi indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro em 1982, mas perdeu em ambas as categorias para o cantor e compositor Christopher Cross, que defendeu a música tema do filme Arthur, O Milionário Sedutor. Sheena foi a única cantora a aparecer nos créditos dos filmes do espião britânico, vide vídeo abaixo.   

Não lembro se vi o filme na época - os longas do 007 eram lançados por aqui nas férias de verão - , mas recordo muito bem o quanto a música tema tocou nas rádios.

For Your Eyes Only
Somente Para Seus Olhos

TOP 10 - Maria Bethânia

Eu sou o cheiro dos livros desesperados, sou Gitá Gogoya/Seu olho me olha, mas não me pode alcançar/Não tem escolha, careta, vou descartar/Quem não rezo a novena de Dona Canô/Quem não seguiu o mendigo Joãozinho Beija-flor/Quem não amou a elegância sutil de Bobô/Quem não é recôncavo e nem pode ser reconvexo. A música Reconvexo, pra mim, é a mais pura tradução de Bethânia. Essa grande intérprete baiana é mais uma Diva da MPB que canta com a alma e o coração. Fazendo um rápido comparativo, se a Elis é a melhor intérprete do Milton, a Gal do Caetano, a Zizi do Chico e a Cássia do Nando, a Bethânia é a melhor do Gonzaguinha. Não tive o prazer de vê-la soltando a voz ao vivo, deve ser de arrepiar. 

Segue a relação das minhas preferidas:

1 - Cheiro De Amor -  E vem a vontade de sonhar de novo te encontrar
2 - O Lado Quente Do Ser - Se o amor são fogos que se acendem sem artifícios
3 - Explode Coração - Chega de tentar dissimular e disfarçar e esconder
4 - Tocando Em Frente - E levo esse sorriso porque já chorei demais 
5 - Alguém Me Avisou - Foram me chamar/Eu estou aqui, o que é que há?
6 - Reconvexo - Eu sou a flor da primeira música a mais velha
7 - Coração Ateu - Meu coração por certo tempo passeou
8 - Esse Cara - Ah esse cara tem me consumido
9 - Negue - Seu amor, o seu carinho/Diga, que você já me esqueceu
10 - Brincar De Viver - Quem vai querer voltar pro ninho/Redescobrir seu lugar 

Dobradinha Geração 70

De vez em quando, ouço algumas músicas que me fazem lembrar da minha infância: as que tocavam nas rádios; os discos com as trilhas das novelas das minhas irmãs e primas; dos poucos bailinhos que participei e das propagandas de rádios que passavam na TV com clipes dos artistas. Pesquisei alguns artistas a partir das capas de discos que resgatei na casa da mana Rosely, e nas faixas que tocam de madrugada na rádio Alpha FM. Vou tentar fugir do óbvio, como Bee Gees, Donna Summer, Gloria Gaynor, Jacksons Five e ABBA, e resgatar os esquecidos. E para começar seguem Maggie MacNeal e Margriet Eshuijs.

A holandesa Sjoukje Lucie, ou melhor, Maggie MacNeal, ficou conhecida por aqui com a canção When You're Gone, álbum Maggie MacNeal, de 1976. A música fazia parte da trilha sonora internacional da novela O Casarão, de 1976. Reparem no cenário, provavelmente inspirado na pintura Jardim das Delícias, do pintor renascentista Hierinymus Bosh. Outro ponto interessante é o microfone super slim, um objeto cult dos anos 1970.

When You're Gone
Quando Você Vai Embora

A segunda canção, Self Pity, fez parte da trilha sonora internacional da novela Te Contei?, de 1978, foi lançada no álbum Margriet em 1977. A também holandesa Margriet Eshuijs, - pura coincidência - encabeçava a banda Lúcifer, no final dos anos 1970. O cenário do vídeo lembra a "floresta" de um quadro musical do programa The Muppet Show, que passava na TV na época. Confira.

Self Pity
Autopiedade

Construção

Sem dúvida, uma das músicas mais bonitas do Chico Buarque, que escreveu a letra em plena ditadura militar. Considerada emblemática no repertório do artista, ela retrata o sentimento do compositor contra a censura e a opressão da época. A melodia é dramática e te coloca no cenário descrito na letra. Daria até pra fazer um filme.

Era uma das músicas preferidas de Tom Jobim e está no álbum Construção, de 1971. 

Deus lhe pague Chico! Segue a letra e o player:

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague

Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague

Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague

Curiosidade: A letra foi composta em versos dodecassílabos, que sempre terminam numa palavra proparoxítona. Os dezessete versos da primeira parte (quatro quartetos, acrescidos de um verso-desfecho) são praticamente os mesmos dezessete que compõem a segunda parte, mudando apenas a última palavra. Os arranjos são do maestro Rogério Duprat, em uma melodia repetitiva, desenvolvida inicialmente sobre dois acordes. A música, entretanto, tem harmonia bem mais complexa.

Encontro de Titãs

O novo tópico é para homenagear os grandes cantores, compositores e músicos, brasileiros e estrangeiros. O nome não poderia ser mais sugestivo, na mitologia grega, os Titãs enfrentaram Zeus e seus filhos e perpetuaram a fama na mitologia clássica. Tinham força e poderes descomunais, nenhum mortal podia com eles, nem mesmo os deuses do Olimpo. Daí a semelhança com os artistas que serão lembrados aqui, eles são os melhores, absolutos! Absolutos no dom e no talento pra emocionar e entreter todos nós. Nós, simples mortais apreciadores desses deuses da música. 

E pra começar, as vozes femininas mais afinadas do Brasil: Elis Regina e Gal Costa.

Segue o registro do especial Maria da Graça Costa Pena Burgos, produzido para a televisão em 1980. A música é do Gilberto Gil, foi gravada pela Elis Regina em 1974, álbum Elis. Confira:

Amor Até O Fim

Três anos de Music And Eu

Hoje, comemoro mais um ano de Music And Eu no ar. Foram: 108 novos posts, entre eles: 57 videos internacionais, 20 videos nacionais e 9 TOP listas artistas; 10.191 visitas, uma média de 28 por dia - pra mim, um número significativo - ; novos tópicos; novos artistas e muitas recordações descritas. 

Mais novidades virão, já estou rascunhando outros tópicos: Encontro de Titãs - vídeos gravados com grandes nomes da música nacional e internacional; Dobradinha Geração 70 - segue o mesmo modelo do Dobradinha Geração 80 e Discografia - com fotos das capas dos álbuns, em ordem cronológica, e relação das músicas que compõem o disco.

E para complementar a comemoração, um novo leiaute com cores mais agradáveis para a leitura dos textos.

Vamos então, para mais um ano de memórias e músicas. 

Obrigado por sua participação.

Cais

Lançada em 1972, a música Cais tem letra e melodia marcantes. Conheci a música na voz da Elis Regina, mas outros cantores gravaram ela também: Milton Nascimento, Flávio Venturini, Simone, Nana Caymmi e Caetano Veloso. Das seis versões que conheço, selecionei as que ouvi mais:

A primeira é a do autor Milton Nascimento que compôs a música em parceria com Ronaldo Bastos, está no álbum Clube da Esquina, de 1972. 

A segunda tem um tom mais dramático, foi gravada pela Elis Regina, também em 1972 e faz parte do álbum Elis.

E a última, com uma roupagem mais leve, foi gravada por Flávio Venturini, álbum Trem Azul, de 1998.







Qual a sua versão preferida?

Vem novidades por ai

Estou revendo os posts e aplicando imagens em todos eles. Isso vai servir para localizar as publicações através das imagens que aparecerão no novo leiaute que estou preparando para vocês. Tá dando trabalho, mas vai ficar bem bacana e espero que gostem. As imagens para as classificações: Notas, Curiosidades, TOP 10 - Nacional, TOP 10 - Internacional, TOP 10 - Rock Pop Nacional e Músicas que lembram-me de alguém, também foram alteradas. 

O Music And Eu está completando três anos de vida. Em breve, mais novidades!