Um dia vivi a ilusão que ser homem bastaria/Que o mundo masculino tudo me daria/Do que eu quisesse ter... Hoje o polivalente baiano Gilberto Gil completa 70 anos de vida com muita saúde e genialidade musical. São 50 anos de carreira com 58 discos e 523 canções. Já gostava de algumas músicas do Gil, mas depois que descobri a sua autoria em algumas músicas cantadas pela Elis Regina, comecei a prestar mais atenção na sua obra. Adoro Ladeira Da Preguiça e Amor Até O Fim. Ensaio Geral, Louvação, Rebento, Lunik 9 e Se Eu Quiser Falar Com Deus foram outras músicas do Gil que a Elis gravou. Gil compôs também para outros medalhões da MPB: Gal Costa, Maria Bethânia, Marina Lima, Simone, Cazuza e Zizi Possi além de Daniela Mercury e Ivete Sangalo. E segue a lista dos predicados: cantou nos Festivais de Música Popular Brasileira, foi um dos pais da Tropicália - o último grande movimento cultural do país, foi exilado, foi Vereador e Ministro da Cultura, ganhou dois Grammys Latinos, cantou para a Rainha da Inglaterra, possui o titulo de Doutor Honoris Causas pela Universidade de Aveiro/PT, lançou a trilogia RE: Refazenda, Refavela e Realce - três álbuns importantes na carreira do cantor, produziu o emblemático álbum Doces Barbáros em parceira dos amigos de longa data Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa e emplacou vários hits nas paradas brasileiras e nas trilhas de novelas. Realmente o Gilberto Gil é um super-homem! 4 vezes Parabéns Gil!! Por sua obra, trajetória, conquistas e aniversário.
Segue o player da música Superhomem - A Canção, presente no álbum Realce de 1979. É uma das mais belas canções do Gil, tanto na letra quanto na melodia.
A música You Know What To Do não foi a primeira gravação de Carly Simon que ouvi, mas foi a que mais me chamou a atenção. Talvez pelo fato de eu ficar aguardando alguns clipes na televisão na mesma época do seu vídeo (abaixo). A música faz parte do álbum Hellow Big Man de 1983. Outra música dela que gosto muito é Just Like You Do, álbum Spy de 1979. A projeção internacional da cantora deve-se a música Nobody Does It Better encomendada para o filme 007 - O Espião Que Me Amava (007 - The Spy Who Loved Me) de 1977.
Outros sucessos da cantora nova iorquina passaram por aqui também: Jesse, Hurt, Coming Around Again, As Time Goes By, Moonlight Serenade, My Romance, Give Me All Night e Let The River Run composta para o filme Uma Secretário de Futuro (Working Girl) de 1989, e que rendeu à cantora um Oscar e um Globo de Ouro. São mais de 50 anos de carreira e 20 álbuns de estúdio dessa cantora pop/romântica que faz aniversário no mesmo dia que eu (ontem).
Sucesso nos anos 1980, a dupla inglesa Tears For Fears formada por Curt Smith (voz e baixo) e Roland Orzabal (voz e guitarra) foi ícone do Pop/Rock na época. Com poucos discos (seis), mas com muitos hits ocupando os primeiros lugares nas paradas americanas, o Tears For Fears teve uma projeção internacional instantânea. O primeiro sucesso da dupla por aqui foi Shout, 1985, e na seqüência: Everybody Wants To Rule The World, Woman In Chains, Advice For The Young At Heart e Break It Down Again. Além destas, gosto também das músicas Pale Shelter, Head Over Heels, I Belive e da linda The Working Hour. O Tears For Fears se apresentou por aqui em 1990, 1996 e em outubro do ano passado. Infelizmente, não vi de perto o som eletrônico dessa importante dupla da música Pop. Espero que eles não demorem mais 15 anos para voltarem a tocar por aqui e que eu não perca a oportunidade de vê-los ao vivo novamente.
Segue o clipe da dupla que eu mais assisti nos anos 1980.
Everybody Wants To Rule The World Todos Querem Governar O Mundo
Uma das músicas mais conhecidas do grupo Jackson 5, a faixa Never Can Say Goodbay, álbum Maybe Tomorrow, 1971, foi regravada por James Brown, The Communards, Gloria Gaynor, entre outros, e é sucesso nas pistas de danças até hoje. Em especial pela versão disco que a Diva Gloria Gaynor deu à ela. Por aqui ganhou a sua versão nacional, escrita por Cláudio Rabello, na voz de Patricia Marx.
Seguem as versões:
Never Can Say Goodbye foi o primeiro grande sucesso de Gloria Gaynor, está no disco homônimo de 1974.
Sei Que Você Não Vai, na voz da Patricia Marx ganhou uma nova roupagem no ritmo e na letra. Ficou interessante e mais próxima do original.
Duas comemorações, entre outras, ocorrem neste mês, o aniversário de 70 anos do ex-beatle Paul McCartney e três anos sem Michael Jackson. Lembrei-me das músicas que os dois cantaram juntos: The Girl Is Mine, single de 1982, Say Say Say e The Man, do álbum Pipes Of Peace, 1983, o quinto álbum solo de Paul McCartney. Gosto mais da primeira e da última música, mas infelizmente, não foram produzidos vídeos para elas.
A parceria começou no inicio da década de 1980, graças ao interesse de Michael pelos direitos autorais da obra do The Beatles. Pagou 47,5 milhões de dólares pelo catálogo em 1985. Com isso, MJ ganhou a inimizade de Paul, mantida até a sua morte. Era desejo de MJ em seu testamento que 50% dos direitos ficassem para Paul, os outros 50% foram vendidos para a Sony em 1995. Não é sabido se a vontade de Michael foi realizada.
Apesar de reconhecer a importância da sua obra, não consigo gostar do inglês Paul McCartney. Até que me esforcei, visitei Liverpool em 2009, conheci a famosa The Cavern Club onde os Beatles se apresentavam no inicio da carreira e o museu da banda, mas não me emocionei com o que vi. Coincidência ou não, o grupo se separou no mesmo ano em que eu nasci. Bom, o Brasil ganhou a Copa de 1970 e nem por isso curto futebol. Hoje me interesso mais pelas músicas do The Beatles, principalmente pela homenagem que a minha idala Rita Lee fez ao gravar o disco Aqui, Ali, Em Qualquer Lugar, 2001, com composições do grupo em Bossa Nova.
Não tinha ideia de quantos artistas comemoram o aniversário no mês que eu nasci. Até então, só sabia do meu ídolo George Michael e da Carly Simon que comemoram no mesmo dia que eu. Destaque para: Gilberto Gil e Paul McCartney que completam 70 anos e em ótima forma, para as mais novas Nikka Costa e Patrícia Marx que completam 40 e 38 anos, e para o mais vivido da lista Erasmo Carlos com 71 anos. Segue a lista:
Tony Hadley (Spandau Ballet) - 02/06/1960 Nikka Costa - 04/06/1972 Erasmo Carlos - 05/06/1941 Wanderléia - 05/06/1946 Prince - 07/06/1958 Bonnie Tyler - 08/06/1951 Mick Hucknall (Simply Red) - 08/06/1960 Seu Jorge - 08/06/1970 Boy George - 14/06/1961 Ivan Lins - 16/06/1945 Gino Vannelli - 16/06/1952 Barry Manilow - 17/06/1943 João Marcelo Bôscoli - 17/06/1970 Celly Campelo* - 18/06/1942 Paul McCartney - 18/06/1942 Maria Bethânia - 18/06/1946 Chico Buarque - 19/06/1944 Sidney Magal - 19/06/1953 Paula Abdul - 19/06/1962 Lionel Richie - 20/06/1949 Cyndi Lauper - 22/06/1953 Curt Smith (Tears For Fears) - 24/06/1961 Glenn Medeiros - 24/06/1970 George Michael - 25/06/1963 Carly Simon - 25/06/1945 Gilberto Gil - 26/06/1942 Robby Rosa (Menudo) - 27/06/1969 Raul Seixas* - 28/06/1945 Patrícia Marx - 28/06/1974 Tony Bellotto (Titãs) - 30/06/1960
E no último minuto do Dia dos Namorados... Eis que surge um vídeo de última hora. Fiquei pensando e pesquisando na memória uma música que sintetizasse a data de hoje. Pois é, lembrei-me de uma no estilo mela-cueca: estilo romântico e pegajoso para dançar coladinho no ritmo dois pra lá e dois pra cá. Sucesso de 1987, a música Nothing's Gonna Change My Love For You fazia parte da trilha internacional da novela Mandala e deve ter melado muitos casais, pois era faixa obrigatória nos bailinhos da época. Trata-se de uma regravação do cantor havaiano Glenn Medeiros gravada originalmente por George Benson em 1984.
Segue a dita! Feliz Dia dos Namorados, pra quem tem e pra quem não tem!!
Nothing's Gonna Change My Love For You Nada Vai Mudar Meu Amor Por Você
A primeira trilha nacional de novelas que conquistei foi da Sol de Verão, folhetim das 20h de 1982. Era uma fita K7 e tinha as músicas de vários artistas que eu gostava: Blitz - Você Não Soube Me Amar, Djavan - Esfinge, Guilherme Arantes - O Melhor Vai Começar, Lulu Santos - Tempos Modernos, Simone - Tô Que Tô, Beth Carvalho - Tendência, Rádio Taxi - Coisas De Casal, Paulinho da Viola - Só O Tempo, Dalton - Muito Estranho (Cuida Bem De Mim), Fafá de Belém - Bilhete, Nara Leão - Questão De Tempo, além de Wando, Lucinha Araújo e Ricardo Graça Melo.
Naquela época, a maioria das músicas selecionadas para compor uma trilha de novela tornavam -se hits: Tô Que Tô (tema de abertura), Você Não Soube Me Amar, Tempos Modernos, O Melhor Vai Começar, Esfinge, Bilhete e Muito Estranho (Cuida Bem De Mim) bombavam nas rádios.
A novela se passava no Rio de Janeiro, e durou bem menos que o esperado devido a morte do protagonista, o ator Jardel Filho. Estrearam na novela os atores Irene Ravache e Miguel Falabella.
Segue o player na voz do Guilherme Arantes de uma das faixas que gosto mais:
Como eu gostaria de voltar ao passado num Delorean e reviver as emoções da década de 1980. Rever o surgimento da Madonna, do Pet Shop Boys, do New Order, do Simply Red... A volta da Tina Turner, a consagração do Michael Jackson, os sucessos do George Michael e de tantos outros artistas. Colecionar os discos da Rita Lee, da Marina Lima, do Kid Abelha e do Legião Urbana. Virar o LP na vitrola e tomar cuidado para não riscar o vinil. Encapar as capas dos discos para não amassar e pegar gordura dos dedos. Nada de CDs, nada de CD-players, nada de controles remotos. Voltar aos shows do A-ha e do RPM no Palmeiras, e da Tina no Pacaembu. Arrepiar com a plateia nos shows. Cantar com todos numa só voz e ver as luzes de centenas de isqueiros piscando por todo estádio durante aquela música romântica tão aguardada. Isso sim era emocionante. Nada de celulares disparando flashes. Nada de mãos erguidas para conseguir o melhor registro atrapalhando a visão do espetáculo. Também não havia painéis gigantes de led ofuscando a presença dos cantores, apenas jogos de canhões de luz, dois telões laterais e dezenas de caixas acústicas com o som alto, muito alto. Dormir com o radinho de pilhas de baixo do travesseiro. Aguardar ansioso a reprise daquele clipe favorito e dos vídeos inéditos do seu ídolo na televisão. Ver os clipes: Triller do MJ, Like A Virgen da Madonna, Wake Me Up Before Go-Go do Whan!, Time do Culture Club, a união dos cantores americanos no USA for Africa ou dos cantores ingleses e irlandeses no Band Aid. Ficar de prontidão com os dedos no REC e no PLAY do gravador e registrar aquela música tocada nas rádios antes do lançamento do LP. O desafio maior era conseguir gravar uma música sem a voz dos locutores e sem cortes. Ouvir a fita gravada faixa-a-faixa no walkman com o super fone com som estéreo. Bem como gravar as fitas VHS com os clipes preferidos. Era um tal de colar durex nos furos das fitas. Era um trabalho primoroso e que exigia muita paciência, persistência e determinação. Nada de MP3 e MP4. Nada de DVDs e Blu-Rays de coletâneas de clipes. Nada de YouTube e sites dos artistas. Gravar nas fitas cassete os clássicos do Djavan, do Guilherme Arantes, da Elis Regina, do Gilberto Gil, dos Paralamas do Sucesso e dos artistas citados aqui. Conseguir uma foto do ídolo era um desafio. Tinha que comprar revistas ou recortar jornais. Nada de Google ou Facebook. Nada de máquinas digitais. Usar as roupas largas, com ombreiras, com cores cítricas, com estampas geométricas, de linho, de nylon. Calças jeans manchadas na água sanitária, jaquetas de veludo com forro de pele de carneiro. Relógios analógicos que trocavam de pulseiras, relógios digitais com joguinhos. Assessórios de plástico transparente com brilho. Gel para os cabelos com glitter e óculos de sol quadrados. Comer muito Mac trash, muito cachorro quente, muita pipoca e beber muita Coca-cola. Ver muito cinema e muito vídeo cassete. Foi uma época ótima e com muitas lembranças. Não canso de ouvir e ver os hits dessa década tão rica e efervescente.
É o terceiro álbum da Diva do PopMadonna. Lançado em junho de 1986, o disco está completando 26 anos.
Dos 12 álbuns gravados em estúdio, True Blue foi o que mais vendeu cópias. Foram 27 milhões ao redor do mundo e é o recordista da história entre todas as cantoras. Destaque para Live To Tell, Open Your Heart, Papa Don't Preach, La Isla Bonita e True Blue. Foi nesse disco que Madonna começou a dar mais empenho à assuntos polêmicos. A faixa Papa Don't Preach que fala sobre a gravidez prematura chamou a atenção da mídia e das carolas americanas. Outra faixa que também chamou a atenção foi Live To Tell, que segundo a crítica, trouxe a maturidade musical da cantora.
O vídeo que escolhi para ilustrar o post é o mais ingênuo da cantora. Gosto da produção, do cenário e do contexto que casa perfeitamente com a letra da canção.
True Blue Azul Verdadeiro
Curiosidade: Madonna escreveu a música La Isla Bonita para o Rei do PopMichael Jackson, só que o moço não quis gravar. Essa música foi mais um sucesso da Diva, principalmente nos países latinos.
Ontem, a caminho de casa, peguei uma carona com o meu irmão até o metro. Estávamos ouvindo músicas do A-ha e lembrando como essa banda era boa. Minha irmã Magaly, que também é fã do trio norueguês, e meus sobrinhos Julia e Dudu estavam no banco de trás do carro. Eis que, o mano Dinho me pergunta: Quer ver o Dudu cantar A-ha? Selecionou nos arquivos MP3 a faixa Hunting High And Low e para a minha surpresa, o pequeno cantor começou a balbuciar palavras acompanhando a música no seu ritmo e tom. Isso me fez lembrar quando cantei a música Zoodiac da Roberta Kelly - o primeiro post do blog. Que delícia curtir uma música e cantá-la sem censura. Bom gosto tem esse meu sobrinho. No próximo dia 20 ele completará 6 anos. Parabéns Dudu. Sou seu fã!
Hunting High And Low Procurando Por Toda Parte
E mais uma vez o A-ha saia na frente: na edição do vídeo com o Morten transformando-se em águia, tubarão e leão e na inserção da orquestra e seus violinos na trilha. Como já dito antes, a música faz parte do álbum homônimo de 1985.
No embalo das músicas que começam com acordes de piano, segue uma do Culture Club que gosto bastante. Victims, álbum Colour By Numbers de 1983, era outro daqueles vídeos que eu esperava ansioso para reprisar nos programas de clipes na TV. Como a maioria dos vídeos produzidos na década de 1980, esse não tem nada de mais se comparado com as produções de hoje. A novidade para aquela época era a câmera fixada numa grua, que acompanhava o Boy George pelo cenário. Outro ponto interessante era a orquestra e o coral posicionados nos degraus de estruturas piramidais cobertas por tecidos.
É impressionante como existem certas músicas que parecem que foram escritas por nós. Demorou para que eu pudesse entender que cada pessoa é única e que não dá para modificá-las. O grande desafio é aceitá-las do jeito que são. E não é uma tarefa fácil. O Guilherme Arantes soube explorar muito bem esse tema na música Mania De Possuir, álbum Calor de 1986. Quando ouvia essa música na minha adolescência, prestava mais atenção na melodia, no arranjo, no som do piano, do que na letra. Não tinha vivido ainda um amor verdadeiro, portanto, não tinha como decifrar as palavras da canção. Hoje, depois de ter errado muito e acertado no amor, consigo entender perfeitamente a letra toda.
Segue a letra e o player dessa bela música.
Essa mania de possuir Mata em nome do amor Fere o espaço mágico da criação O sentimento à flor da pele Essa vontade De engolir o mundo Ter tudo nas mãos Logo pode trazer outra desilusão Coração que não descansa Eu preciso de você do jeito que é Sem te aprisionar eu quero inteira Quando a gente gosta mesmo Não quer mudar a pessoa Quantos vivem de mentiras Dando a impressão Que a sua certeza é verdadeira Quando a gente enxerga as coisas Não tapa o sol... Então me entenda Esse é o meu jeito