Rainhas da música

Duas rainhas da música fazem aniversário hoje: a do Rock Nacional Rita Lee e da Disco Donna Summer.

A primeira completa hoje 64 aninhos de vida. E para comemorar segue o clipe gravado para o Especial Elis Regina na TV Bandeirantes em 1978, do álbum Babilônia:

Jardins da Babilônia

A segunda, um ano mais nova, completa 63 anos. E para comemorar segue o clipe de um de seus sucessos (também de 1978), do álbum Live and More: 

Last Dance
Última Dança

Parabéns Queens!!! 4 "S" para vocês: saúde, sexo, $ e sucesso!

Ricky Martin, o lobo

O porto-riquenho Enrique Martín Morales, mais conhecido como Ricky Martin, completa hoje, véspera de Natal, 40 anos de vida bem vividos. 

Conhecido artisticamente desde pequeno, Ricky era o mais novo integrante do grupo infanto-juvenil Menudo quando chegaram por aqui em 1984/85. Quem é que não se lembra dos hits Não Se Reprima, Quero Ser, Doces Beijos, If You're Not Here (By My Side), que agitaram as adolescentes no início da década de 1980? Ricky ficou no grupo por cinco anos e resolveu seguir a carreira de ator e cantor no México. Em 1991 lançou o seu primeiro álbum, mas o retorno do seu sucesso por aqui se deu com a faixa Maria do seu terceiro disco A Medio Vivir, de 1995. Em 1997 com a música La Copa De La Vida, álbum Vuelve, Ricky aumentou sua projeção mundial com a música tema para a Copa do Mundo de 1998.

Ricky Martin já se apresentou várias vezes aqui no Brasil, sua última apresentação foi em agosto com a turnê de lançamento do seu último disco Música+Alma+Sexo. 

Uma das músicas que mais gosto dele é She´s All I Ever Had, composição do ex-Menudo Robi Rosa com Jon Secada e George Noriega, e está no álbum Ricky Martin, de 1999. Nesse mesmo disco Ricky gravou Be Careful (Cuidado Com Mi Corazón) com a Pop Star Madonna.

She´s All I Ever Had
Ela É Tudo Que Eu Sempre Tive

Last Christmas

E nessa época do ano... Não tem como não lembrar-se de um dos hits do grupo inglês Wham!. Lançada no single Last Christmas, em dezembro de 1984, essa música se tornou um clássico da banda que há relançou dois anos mais tarde no álbum The Edge of Heaven. O vídeo foi gravado numa estação de esqui nos Alpes Suíços e contou com a participação dos integrantes da banda: George Michael (vocal), Andrew Ridgeley (guitarra), Pepsi Demacque e Shirley Holliman (backing vocal) e seu futuro marido Martin Kemp (baixista da banda Spandau Ballet). E para relembrar segue o clipe e os votos de um Feliz Natal: 

Last Christmas
No Último Natal

The RAH Band

Curiosidades a parte, a banda de um sucesso só RAH Band, nada mais é do que a abreviação do nome do seu criador e único integrante oficial Richard Anthony Hewson, que produziu o clipe em sua casa com sua esposa Liz no vocal. Tai o porquê da produção tosca e inspirada no filme futurista Barbarela. Mesmo assim a letra da música é curiosa. 

Confesso que nunca havia visto esse vídeo. Outro dia, na casa da minha irmã, ouvi-a comentando com o meu cunhado sobre essa música que tocava na rádio e ela queria baixar para o seu MP3. Bom, não lembrava quem cantava e muito menos o nome da música, então resolvi redescobri-la na internet e postar o clipe em homenagem a minha irmã que faz aniversário hoje.

Essa música fazia parte da trilha internacional da novela Ti Ti Ti (primeira versão de 1985) e ouvi muito, na época, com minha irmã no rádio do seu fusca amarelo-gema quando ficávamos horas a fio conversando no carro na frente da casa da minha mãe. Segue o clipe:

Clouds Across The Moon
Nuvens Em Toda A Lua

Pra você mana. Parabéns! 

TOP 10 - Cássia Eller

Hoje, dia 10 é o aniversário de nascimento dela. Estamos também a poucos dias de homenagear, infelizmente, os 10 anos sem ela. Quantos 10 né? Não é a toa que o Top 10 de hoje vai para ela. 

Já disse aqui que a música que mais gosto da Cássia é O Segundo Sol, mas pensando melhor acho que empata com a belíssima Por Enquanto - acho lindo aquele vozeirão da Cássia na introdução com as palavras "I've got a feeling, a feeling deep inside, oh.. yeah, oh yeah. I've got a feeling, a feeling that I can't hide, oh, no... oh, no...", ao som de um violão.


Segue a lista:

1 - O Segundo Sol - Antes que eu visse e você disse e eu não pude acreditar...
2 - Por Enquanto - Que tudo era pra sempre/Sem saber, que o pra sempre...acaba
3 - All Star - Estranho seria se eu não me apaixonasse por você...
4 - Palavras Ao Vento - Ando por ai querendo te encontrar...
5 - 1º De Julho - Não basta o compromisso/Vale mais o coração...
6 - No Recreio - Eu só queria me casar/Com alguém igual a você...
7 - Sabotagem - Eu vou sabotar/.../Vou pintar o seu nome/No céu...
8 - Lanterna Dos Afogados - Eu tô te esperando/Vê se não vai demorar...
9 - Meu Mundo Ficaria Completo (Com Você) - O problema é que eu te amo...
10 - Malandragem - Eu sou o poeta/ E não aprendi amar...

Avenida Paulista e Seal

Hoje, o simbolo da cidade completa 120 anos, e fez lembrar-me de 20 anos atrás, ocasião do centenário da Avenida, quando eu convivia quase que diariamente com ela. Tinha orgulho de trabalhar na avenida mais bacana da cidade. Em 1991, o Metrô inaugurou a primeira estação da linha verde, Consolação. Nessa época já trabalhava no Itaú Cultural e nele a expectativa era grande e girava em torno de três grandes lançamentos do ano: a mostra informatizada sobre a arte no Brasil na década de 1980 - BR/80, o acervo digitalizado sobre a Memória Fotográfica da Cidade de São Paulo (desde 1860), e o livro sobre o centenário da Avenida fundada em 1891. Tenho boas lembranças desse emprego, foram quase 18 anos de aprendizados, experiências e de muitas amizades que carrego comigo até hoje.

Na música o que mais me chamou a atenção naquele ano foi o lançamento do cantor inglês Seal com o seu álbum homônimo (Seal, 1991) e os hits Crazy, Killer (sucesso também do seu antigo grupo Adamski) e The Beginning. Gosto muito do estilo e da voz do Seal, pena não ter assistido à suas passagens por aqui.

Então, para comemorar o aniversário da bela avenida e rememorar a música de duas décadas atrás segue o clipe que tem a ver com o ritmo frenético da aniversariante:

Crazy

Louco 

Preciso dizer que te amo

Três versões dessa música escrita pelo Cazuza e que retrata tão bem o amor:

A primeira versão é de 1986, em parceria com Dé (ex-baixista do Barão Vermelho) e Cazuza, está no mini LP homônimo da Bebel Gilberto.

A segunda versão foi gravada pela Marina Lima em 1987, está no álbum Virgem.

E por fim, a versão da homenageada do mês Cássia Eller. Gravada em 1997, está no álbum Veneno AntiMonotonia que a Cássia gravou em homenagem ao Cazuza. 





Qual a sua versão preferida?

A versão original da música, está também no álbum póstumo do Cazuza: Preciso Dizer Que Te Amo/Toda Paixão Do Poeta, de 2001.

Cássia, o segundo sol

Dona de uma voz forte e marcante, Cássia Eller foi uma das últimas grandes revelações do rock brasileiro, e eu tive o privilégio de ver bem de perto o seu show, Acústico MTV, no extinto Olympia, SP, em agosto de 2001. Nunca poderia imaginar um palco todo decorado com rosas gigantes para uma roqueira. O cenário dava uma ideia de como seria o espetáculo: forte e delicado, vibrante e perfumado, como uma rosa. Assim era a Cássia com sua timidez envolvente.

Desde a sua ótima interpretação para Por Enquanto da Legião Urbana gravado no seu primeiro álbum Cássia Eller, 1990, sempre ouvi com atenção suas músicas. Ela gravou com maestria composições de: Rita Lee, Cazuza, Renato Russo, Djavan, Herbert Vianna, Ataulfo Alves, Luiz Melodia, Marisa Monte, Caetano Veloso entre outros. Mas a sua melhor parceria musical foi com o Nando Reis, que assim como Milton Nascimento que compunha suas músicas especialmente para a Elis Regina, ele fazia o mesmo para a Cássia. Destaque para: O Segundo Sol, Relicário, All Star e No Recreio.

No próximo dia 29 completa dez anos que Cássia nos deixou e no próximo dia 10 ela completaria 49 anos. Ao invés de dedicar duas datas para Cássia, dedico o mês inteiro. Onde quer que você esteja que a sua voz ressoe com muita luz e alegria. Salve Cássia!

Segue o registro do Acústico MTV gravado em março de 2001 para o DVD com a música da Cássia que mais gosto: O Segundo Sol. A gravação de estúdio está no álbum: Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo, de 1999.

Almoços de Domingo

Ontem, ouvindo algumas músicas bem antigas, me peguei lembrando dos almoços de domingo, de muitos e muitos anos atrás (meados da década de 1970). Lembro-me dos meus avós paternos, Zepherino e Noemia, chegando em casa, um sobrado no bairro do Sumaré, a bordo do Aero Willys verde do meu pai. Abriam a porta do banheiro para falar um "como vai?" aos netos Dinho e Beto, que estavam terminando o divertido banho de banheira dado pela secretária do lar, Marilena, antes do almoço. Na cozinha, mamãe e minhas irmãs, Rose e Mag, preparavam a massa dos pastéis de carne e de queijo que meu avô amava. No fogão, o molho à bolonhesa e o espaguete, eram cozinhados com muito carinho pelas mãos da Dona Vilma. E na geladeira, um saboroso pudim de leite com calda de caramelo, outra paixão do patriarca Carneiro. Alguns minutos mais tarde... Todos sentados à mesa, redonda de fórmica branca com um circulo de folhas vermelhas que aberta ficava quase retangular, para saborear o almoço da Dona Vilma. E comigo, o "copo da formiga" para tomar "um dedo" de tubaína. Guardo ele comigo até hoje. 

Sobre o armário de aço, azul celeste, ficava um pequeno televisor, com imagem preto e branco, transmitindo o Programa Silvio Santos, que começava com Domingo no Parque, seguido do Qual é a Música? e mais tarde o Show de Calouros. A hora do almoço coincidia com o segundo programa, por onde passaram os medalhões do Pop Brega da década de 1970: Ronnie Von, Vanusa, Antônio Marcos, Silvio Brito, Alcione, Agnaldo Timóteo, Wanderley Cardoso, Gretchen, Sidney Magal, Perla... E na década de 1980: Trio Los Angeles, Absyntho, Nahim, Biafra, Marquinhos Moura, Sérgio Malandro e por aí vai. 

E para resgatar essa saudosa época, segue uma música na voz da Rainha do Iê Iê Iê, Vanusa. A faixa está no álbum Vanusa, de 1973.

Manhãs de Setembro

Tarkan, o turco

Já ouviu uma música turca Pop? Pois é, num passado distante vi esse clipe na MTV e gostei do ritmo. Estou falando da música Simarik (o "S" é com cedilha), do álbum Ölürüm Sana, de 1997. O músico desconhecido até então era Tarkan, um moço de olhos verdes e sedutores e de traços árabe. Bom, o tempo passou e o Tarkan ficou guardado em algum lugar na memória. Em 2005 fui conhecer a bela Turquia, e andando pelas ruas de Istambul ouvi uma música familiar tocando bem alto numa caixa de som em frente a uma loja de K7. Sim, naquele país não se perdeu o hábito de ouvir fita cassete. Já havia notado com certa estranheza um rádio toca fitas no painel do transfer que me levou do aeroporto para o hotel. Então, resolvi entrar na loja e vasculhar o pequeno acervo de CDs para ver se encontrava um do Tarkan. Encontrei vários, porém, um problema: como lembrar o nome da música e como saber em que álbum ela estaria? Olha o mico! Foi na base da mimica e do som de dois beijos seguidos. Como não podia abrir o CD na loja e no hotel também não tinha um aparelho para me certificar da compra certa, só tirei a prova dos nove quando voltei pro Brasil. Bingo! Deu certo. Tarkan nasceu em 1972 na Alemanha e mudou-se para a Turquia, terra natal de seus pais, aos 13 anos. Lá seguiu a carreira de cantor e já gravou 10 discos (um em inglês, e um na versão remix). Segue o clipe:

Simarik
Mimada

Baby

Mais uma música gravada em dois idiomas e nas vozes de duas grandes interpretes brasileiras: Gal Costa e Bebel Gilberto. A música é do Caetano Veloso, foi composta em 1968 e gravada pela Gal no mesmo ano (a convite do Caetano) no álbum Tropicália ou Panis et Circenses. Em 1969 a Gal colocou a mesma canção no seu disco de lançamento solo Gal Costa, e mais tarde regravou com o grupo Roupa Nova para o álbum Baby Gal. Já na voz da Bebel ouvi nas rádios quando foi lançada e mais tarde comprei o CD. Escutei muito também e confesso que é a versão que gosto mais. 

Seguem as versões:

Gal Costa, álbum Baby Gal, de 1983. Ouvia muito essa música porque a minha irmã Rosely é fã da Gal e tem esse LP.

Na voz da Bebel Gilberto está no disco homônimo lançado em 2004 com uma nova roupagem no estilo lounge.

Blitz

Uma das bandas de maior influência musical da década de 1980 aqui no Brasil. Quem é que não se lembra dos hitz: Você Não Soube Me Amar, Mais Uma De Amor (Geme Geme), Rádio Atividade, Betty Frígida e  Weekend? A banda original, e na minha opinião a mais afinada, durou três LPs: As Aventuras Da Blitz 1, 1982, Rádio Atividade, 1983 e Blitz 3, 1984. Seus integrantes de formação eram: Evandro Mesquita (guitarra e voz), Fernanda Abreu e Márcia Bulcão (backing in vocal), Ricardo Barreto (guitarra), Antônio Pedro Fortuna (baixo), Willian "Billy" Forghieri (teclados) e Juba (bateria). A Blitz teve seus sucessos interrompidos após o terceiro álbum, voltando a tocar ocasionalmente em eventos e shows como no Rock in Rio de 1985. Em 1990 voltaram com o álbum Todas As Aventuras Da Blitz e estão por aí pipocando até hoje. 

Lembro-me que Blitz era febre na escola. Quase todo mundo tinha o LP ou cassete de banda, e sabia de cor a letra das músicas. Eu mesmo arriscava algumas letras e cantava com algumas colegas de classe o clássico Você Não Soube Me Amar, segue o clipe produzido pelo Fantástico em 1982:

Mad Max 3

A grande diva do rock Tina Turner estrela esse filme de 1985. Imaginem a minha felicidade quando vi no Jornal Hoje (apresentado na época pela Leda Nagle) uma matéria sobre os bastidores do filme que estrearia quase um ano depois. Mad Max Beyond Thunderdome (Mad Max, Além da Cúpula do Trovão), o terceiro filme da cine-série Mad Max. Trata-se de uma aventura pós-apocalíptica onde o policial Max (Mel Gibson) vai parar como prisioneiro numa cidade erguida no meio do deserto e governada por Auntie Entity (Tina Turner). Lá, ele é forçado a lutar na Cúpula do Trovão para garantir a sua vida e como resultado é resgatado por uma tribo de crianças que o consideram o salvador.

We Don't Need Another Hero
Nós Não Precisamos De Outro Herói

Curiosidade: Duas faixas do álbum do filme renderam à Tina Turner duas indicações ao Grammy Award e uma estatueta pela faixa One Of The Living, a outra indicação foi pela música do clipe acima, e que, acabou faturando o Golden Globe Award de melhor canção original. Essa Tina não é fraca não né?

TOP 10 - Rock Pop Nacional 2

Quem é que não se lembra desses clássicos do Pop Rock dos anos 1980?

1º - Rita Lee - Lança Perfume, 1980
Lança menina/Lança todo esse perfume, desbaratina/Não dá pra ficar imune...

2º - Baby Consuelo - Menino do Rio, 1980
Menino do rio/Calor que provoca arrepio/Dragão tatuado no braço...

3º - Guilherme Arantes - O Melhor Vai Começar, 1982
Eu quero o sol/Ao despertar/Brincando com a brisa/Por entre as plantas/Da varanda...

4º - Lulu Santos - Como Uma Onda, 1983
Nada do que foi será/De novo do jeito que já foi um dia/Tudo passa...

5º - Caetano Veloso - Você é linda, 1983
Fonte de mel/Nos olhos de gueixa/Kabuki, máscara/Choque entre o azul...

6º - Marina - Fullgás, 1984
Meu mundo você é quem faz/Música, letra e dança/Tudo em você é fullgás...

7º - Kid Abelha - Como Eu Quero, 1984
Diz para eu ficar muda/Faz cara de mistério/Tira essa bermuda/Que eu quero você...

8º - Heróis da Resistência - Só Pro Meu Prazer, 1986
Não fala nada deixa tudo assim por mim/Eu não me importo se nós não somos...

9º - Zizi Possi - A Paz, 1987
A Paz/Invadiu o meu coração/De repente me encheu de paz...

10º - Cazuza - Faz Parte do Meu Show, 1988
Te pego na escola e encho a tua bola com todo o meu amor...

The Promise

Um daqueles grupos de sucesso dos anos 1980, When In Rome tinha tudo para estar por ai até os dias de hoje. O trio inglês de estilo New Wave formado por Clive Farrington e Andrew Mann (vocalistas) e por Michael Floreale (teclados), estourou em 1988 com o álbum homônimo a música de trabalho The Promise, mas não durou muito. A banda lançou mais um disco em 1989, More Than 12" e tentou voltar sem êxito em 2006 com o álbum II. The Promise é se não talvez a única música do grupo conhecida por aqui. Gosto da música que começa com os acordes de piano, mas acima de tudo, a edição do clipe é muito boa, parece feita em um único take, e ainda casa a música com a imagem. Sente o clima:

The Promise
A Promessa

Depois dos Temporais

Havia muito tempo que eu não escutava esta música que recordei após ouvi-la no remake da novela O Astro. Não entendo como uma música bonita e romântica como essa demorou tanto tempo para fazer parte da trilha sonora de uma novela. Gosto muito do arranjo e da melodia ao som de: piano, violinos, saxofone, sinos e triangulo. Da vontade de entrar num veleiro e navegar pelos mares num dia lindo de sol. De autoria de outro grande compositor e arranjador da MPB Ivan Lins e do seu parceiro Vítor Martins, essa música está no álbum Depois dos Temporais, de 1983. 

Segue a letra e o player da música:

Sempre viveram no mesmo barco
Foram farinha do mesmo saco
Da mesma marinha, da mesma rainha
Sob a mesma bandeira
Tremulando no mastro

E assim foram seguindo os astros
Cortaram as amarras e os nós
Deixando pra trás o porto e o cais
Berrando até perder a voz
Em busca do imenso,
Do silêncio mais intenso
Que está depois dos temporais

E assim foram sempre em frente
Fazendo amor pelos sete mares
Inchando água de alga e peixe
Seguindo os ventos
As marés e as correntes
E o caminho dos golfinhos
A trilha das baleias
E não havia arrecifes
Nem bancos de areia
Nem temores, nem mais dores
Não havia cansaço
Só havia, só havia azul e espaço

Simplesmente Sade

Ontem tive o prazer de assistir de um lugar privilegiado o show da banda Sade (isso mesmo, banda!), no Ginásio do Ibirapuera. Casa lotada, metade das arquibancadas mais a pista forrada de cadeiras. No repertório um mix de toda carreira iniciada na década de 1980. Sade merecia uma casa de shows melhor, o som do ginásio estava péssimo, as caixas de som com seus graves abafavam a voz suave da vocalista, e suas acomodações não eram compatíveis com os preços cobrados de 300 a 850 reais. 

Às 21h50 a cantora emergiu do centro do palco toda vestida de preto, com seus longos cabelos presos num rabo de cavalo e sobre um salto de 20 cm. Simpática, suas primeiras palavras foram "San Paulo", seguidas da sua ótima impressão da cidade e pelo prazer de tocar aqui no Brasil pela primeira vez. 
O show dividiu-se em três partes, mais o bis final.
Para cada uma delas Sade Adu apresentou-se com looks diferentes: cabelos presos e soltos; salto alto e descalça; roupa preta, preta e branca e vermelha e branca. 
O palco tinha uma montagem simples e funcional. Ao fundo um telão intercalava projeções monocromáticas com algumas pinceladas de cores. 

Uma cortina velava e revelava a cantora à frente do palco com jogo de imagens e luzes. Dois pequenos telões laterais compunham o cenários com imagens ampliadas da banda. 

O show durou exatamente duas horas. Teve seus pontos altos nas faixas mais conhecidas Smooth Operator e The Sweetest Taboo. Não precisa nem dizer que não faltaram câmaras fotográficas e celulares do público registrando tudo em todos os lugares né? As músicas tocadas foram: Soldier Of Love, Your Love Is King, Skin, Kiss Of Live, Love Is Found (inédita e muito boa), In Another Time, Smooth Operator, Jezebel, Bring Me Home, Is It A Crime, Love Is Stronger Than Pride, All About Our Love, Paradise, Morning Bird, King Of Sorrow, The Sweetest Taboo, The Moon And The Sky, Pearls, No Ordinary Love, By Your Side e no bis Cherish The Day. Pela primeira vez no Brasil, Sade de apresentará ainda no Rio e em Brasília. Agradeço o Miguel pela força e a Carolina Pascoal pela credencial, sem eles não assistiria ao show.

Nascida na Nigéria e criada desde criança no Reino Unido, Helen Folasade Adu ou Sade Adu é dona de uma voz delicada e única. Sua imagem exótica e delicada ilustra os vídeos e estampa os álbuns da banda, criando uma certa confusão, o nome Sade é em sua homenagem. Além de soltar a voz, ela escreve e compõe. A banda é composta por: Sade Adu (vocal), Colin Stuart Mattewman (guitarra e sax), Paul Spencer Denman (baixo) e Andrew Hale (teclados). A banda já gravou seis álbuns e entre eles vários hits. 

Segue o clipe da música da banda que mais gosto, do álbum Love Deluxe, de 1992:

Kiss Of Life
Beijo Da Vida

Texto editado em 25/03/13.

TOP 10 - Simone

A cigana leu o meu destino/Eu sonhei...
O Amanhã é uma das músicas cantadas pela Simone que cantarolei por aí em outros carnavais. Gosto da energia dessa grande intérprete da MPB. Já tive a felicidade de vê-la ao vivo cantando seus maiores sucessos no Bourbon Street em 2009. Lá estava ela, simpaticíssima, toda de branco, cabelos volumosos bem cuidados, soltando a voz e esbanjando energia.

Segue as dez mais da Simone:

1 - O Amanhã - E o realejo diz/Que eu serei feliz/Sempre feliz
2 - Pão E Poesia - E o portão do paraíso/É o teu abraço
3 - Alma - Feliz esta alma/Que vive comigo/Que vai onde eu sigo/O meu coração
4 - Você É Real - Vem, chega pelo vento vem na minha voz
5 - Encontros E Despedidas - Me dê um abraço venha me apertar/Tô chegando
6 - Tô Voltando - Põe pra tocar na vitrola aquele som/.../Eu tô voltando 
7 - Tô Que Tô - Vem cá de qualquer maneira/Balança minha roseira
8 - Começar De Novo - E contar comigo/Vai valer a pena
9 - Jura Secreta - Só uma coisa me entristece/O beijo de amor que não roubei
10 - Um Desejo Só Não Basta - Olha pra mim, sobram cinco palavras:

As Panteras

Outro tema de abertura de seriado dos anos 1970 que é impossível de esquecer: As Panteras (Charlie's Angels), composta por Allyn Fergusson especialmente para a série de TV norte-americana que estreou em 1976 e durou cinco temporadas. Aqui, sua estreia foi em 1977 com o episódio piloto no sábado, passando depois para o programa semanal Quarta Nobre, e reprisando mais tarde no horário vespertino na Sessão Aventura. 

A trama policial era protagonizada pelas lindíssimas: Kate Jackson (Sabrina Duncan), Jaclyn Smith (Kelly Garrett), Farrah Fawcett (Jill Munroe) e por David Doyle (John Bosley). Os quatro detetives investigavam os crimes disfarçados para juntar as peças do quebra-cabeça, assim concluíam o jogo no escritório da Agência de Detetives Charle's Angels com o aval do boss Charlie (voz de John Forysthe) pelo viva-voz do telefone. Curti mais a primeira temporada com a Farrah Fawcett que acabou deixando a tele-série na renovação do contrato por conta do ciúme doentio do seu marido, na época, Lee Majors (o ator protagonista da série Cyborg: O homem de seis milhões de dólares). Segue a abertura da primeira temporada.

Charle's Angels Theme Song

Há tempos...

Não aparece alguém como ele. Hoje completa 15 anos que o músico Renato Russo partiu precocemente vítima de duas graves doenças: o amor e a aids. Graças a sua obra, sempre presente nas rádios e na televisão, parece que foi ontem que ele nos deixou. Deixou-nos órfãos de letras sensíveis e tocantes que poucos compositores conseguem escrever. Saudades do que não tivemos. Saudades aliviadas de vez em quando pela sua herança musical. Herança extremamente significativa desse expoente da geração coca-cola. 

Segue o vídeo da faixa Há Tempos do LP As Quatro Estações, de 1989, quarto trabalho da banda Legião Urbana. A produção do clipe é meio tosca, mas vale o registro.

Blade Runner

Mais uma música que não sai da memória, Love Theme, 1982, produzida para o filme Blade Runner (O Caçador de Androides) de Ridley Scott. A trilha é linda, tenho duas das três versões lançadas (1982 e 1994) produzidas com maestria pelo músico grego Vangelis. O versátil ator Harrison Ford vive o caçador de replicantes Rick Deckard, e tem como missão, encontrar e destruir um grupo de refugiados. Durante a missão, Deckard se apaixona pela replicante Rachael interpretada pela bela Sean Young. 

Infelizmente não vi o filme no cinema, assisti pela primeira vez em VHS, mas toda vez que vejo o filme choro com a lição de vida e a última lágrima sob a chuva do replicante Roy Batty interpretado pelo ator Rutger Hauer, e é claro, pela tocante música ao fundo.

Segue o vídeo com cenas do filme:

Love Theme
Tema De Amor

Curiosidades: O filme se passa em Los Angeles no ano 2019. Pertinho não? E segundo o diretor Ridley Scott em entrevista para a televisão britânica em 2000, revelou que o agente Deckard também era um replicante. Desnecessário né?

Natureza humana

Mais uma música do Rei do Pop Michael Jackson que gosto muito e que teve a sua versão nacional. A música de John Bettis e Steve Porcaro sofreu algumas adaptações na letra traduzida para fazer sentido com a melodia. Gosto mais da versão original na voz do MJ com os seus agudos e chu, chu, chus, mas a versão de Jorge e Wally Salomão e a voz da Dulce Quental (ex-vocalista da banda Sempre Livre) deram um tempero bem bacana à música.

Seguem as versões:

Human Nature, a versão de MJ foi gravada em 1982, e faz parte do álbum Thriller. Foi mais um sucesso do MJ nos anos 1980.

Natureza Humana, na voz de Dulce Quental, está no álbum Délica, de 1986. Essa música foi o carro chefe deste disco.

Lost Horizon

Outro filme que assisti várias vezes na minha infância, graças a minha mãe que adorava musicais. Lost Horizon (Horizonte Perdido) estreou no cinema em 1973, na verdade é um remake do original gravado 36 anos antes, em preto e branco (também assisti essa versão em DVD há alguns anos atrás). Com trilha sonora do pianista e maestro Burt Bacharach com o seu parceiro e compositor Hal David. A música que escolhi para este post é The Worlds Is A Circle, cantada por Liv Ullman e Bobby Van, lembra muito a coreografia da música Do-Re-Mi cantada pela Julie Andrews no filme A Noviça Rebelde. Daria pra dizer que Horizonte Perdido foi na cola do sucesso do filme A Noviça Rebelde, de 1965, se o seu original não tivesse estreado em 1937. Confira.

Encontros e despedidas

Três versões dessa belíssima canção de Milton Nascimento e Fernando Brant em ordem cronológica:

A primeira versão é da baiana Simone, uma das grandes interpretes da MPB, foi lançada em 1981 e faz parte do álbum Amar.

A segunda, na voz do próprio Milton Nascimento, foi gravada em 1985, e esta no álbum Encontros e Despedidas.

E a terceira, na voz da Maria Rita, está no primeiro álbum da cantora, assinado com o seu próprio nome Maria Rita, de 2003.






Qual a sua versão preferida?

E segue os anos 1980

Total Eclipse Of The Heart, da cantora Bonnie Tyler, era mais um daqueles vídeos que eu ficava esperando passar nos programas de clipes. Gosto dos altos e baixos no ritmo da música e da letra em trechos como esse: I really need you tonight/Forever´s gonna star tonight/ Forever´s gonna star tonight. O clipe com bailarinos desnudos dançando em volta da cantora, anjos e alunos com olhos luminosos dão um enredo surreal ao vídeo. Mesmo assim, o clima de mistério vivido num internato inglês é um tanto curioso. Seria algo do tipo: professora se apaixona por aluno?

Gaynor Hopkins ou Bonnie Tyler é mais uma artista da safra do Reino Unido que invadiu a música Pop. Com seu estilo duvidoso e dona de uma voz rouca (como o seu conterrâneo musico Rod Stewart), a roqueira Bonnie fez muito sucesso nos anos 1980 e continua na ativa até hoje. 
 
A música está no álbum Faster Than The Speed Of Night, de 1983. Com vocês:

Total Eclipse Of The Heart
Eclipse Total do Coração

Curiosidade: Em 1987, a cantora gravou com o Fábio Junior a parte em inglês da música Sem Limites Pra Sonhar.

A mulher biônica

Lembro-me de alguns temas dos seriados que passavam na TV nas décadas de 1970 e 1980: As Panteras, A ilha da fantasia, Casal 20, O homem invisível, O homem do fundo do mar, O incrível Hulk, A mulher maravilha, Ciborgue: o homem de seis milhões de dólares, A mulher biônica, entre tantos outros. Alguns desses passavam a noite, e outros no final da tarde durante a semana. 

O destaque hoje vai para A mulher biônica, série que durou três temporadas nos EUA, de 1976 a 1978. Por aqui durou mais graças às reprises e as concessões de alguns canais. Adorava ver a lindíssima protagonista Jaime Sommers, interpretada pela atriz Lindsay Wagner. Para quem não se lembra da história: Jaime era uma jogadora de tênis e ex-namorada do coronel Steve Austin (protagonista da série Cyborg: O homem de seis milhões de dólares), sofre um acidente ao saltar de paraquedas com o amigo. Disposto a salvar a amada, Steve leva Jaime aos cuidados do amigo e agente do governo Oscar Goldman. Sommers é então operada e partes do seu corpo são substituídas por próteses biônicas. Desde então, ela passa a trabalhar em missões secretas para o governo americano. 

Segue a abertura da série com a música tema composta por Jerry Fielding.

The Bionic Woman Theme Song

Bárbara!

Barbara Joana Streisand ou Barbra Streisand é a artista mais bem sucedida dos EUA. Ela canta, dança, atua, dirige e produz. Já gravou mais de 40 discos e fez 19 filmes. Coleciona prêmios em todas as categorias do entretenimento: 2 Oscar e 5 Golden Globe (cinema), 8 Grammy (música), 4 Emmy (TV) e 1 Tony (teatro). 

Como já disse antes aqui, foi a minha irmã Magaly que me fez tomar gosto pela Barbra. Ela sempre ouvia o disco do filme Nasce Uma Estrela e soltava a voz com a ídala.

Do seu vasto repertório musical, uma das canções que mais gosto é Somewhere. Composta por Leonard Bernstein, com letra de Stephen Sondheim, Somewhere foi feita para a peça West Side Story, 1957. A canção foi gravada por vários artistas como: The Supremes, Julie Andrews, Barbra Streisand, Phil Collins, Johnny Mathis, Aretha Franklin, Celine Dion, Pet Shop Boys, Devo, entre outros. Das versões que ouvi a que gosto mais é a da Barbra, se bem que a versão do Pet Shop Boys, de 1997, ficou bacana também.

Segue o clipe gravado pela diva americana e que faz parte do disco The Broadway Album, 1985. 

Somewhere
Em Algum Lugar

Curiosidade: A música começa com um trecho de Imperador, Concerto para piano, de Beethoven, e termina com um trecho do balé O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky.